domingo, 4 de fevereiro de 2018

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"OS PARTIDOS POLÍTICOS E O SISTEMA CRISTALOGRÁFICO

“Os diferentes partidos não são mais do que escolas de
imoralidades e, portanto, companhias de comércio ilícito,
onde as diferentes lutas, que promovem, não são mais do
que o modo de realizarem o escambo das consciências, o
sacrifício dos amigos e o bem do País e, por conseguinte, o
modo de realizarem o fruto do peculato, depois de postos
em almoeda as opiniões (…). A classe dos malfeitores é a
que mais tem ganho com as garantias constitucionais.”
-Luz Soriano

Os Partidos Políticos - ou seja uma associação de cidadãos nascida porventura de uma ideia ocorrida num jantar mais copioso que, seguindo as regras existentes (que eles
próprios depois fazem), adeptos de uma determinada ideologia política, propõe-se através de um escrutínio feito entre eles, fazer eleger uns quantos apaniguados que administrarão os Concelhos e o Governo do país, preencherão o Parlamento e, até, a chefia do Estado, seguindo os ditames da tal ideologia, temperados com os “fait divers” de ocasião – devem, retomando o fio à meada, cristalizar segundo os ditames da Ciência Política (que entretanto parou no tempo), da Ética, da Probidade e da competência profissional de modo a proporcionar ao país a Segurança, a Justiça e o Bem-Estar...

1 Mineral, corpo inorgânico natural, sólido ou líquido, estruturalmente homogéneos, que entram na
constituição da crosta terrestre
2 Sistema cristalográfico é um conjunto de formas cristalinas que podem referir-se ao mesmo tipo de cruz axial (entendendo-se por axial, o conjunto dos eixos cristalográficos).
3 Os eixos cristalográficos ou coordenados, são linhas imaginárias que passam pelo centro do cristal e em relação aos quais se podem determinar as posições das faces. Faces homólogas são aquelas que apresentam os mesmos caracteres físico-químicos; são heterólogas, aquelas que diferem por algumas propriedades físicas ou químicas.

Assim, e mal comparados, o PCP assemelha-se ao sistema cúbico, por ser o mais consistente ideologicamente e os seus militantes serem assim a modos que quadrados – ou seja a face do cubo. Porém este cubo assenta em areia movediça – a sua ideologia – que, aliás, pertence mais ao domínio da Geometria pois representa uma esfera, não tendo ponta por onde se lhe pegar (por irracional, incompetente e antinatural) e na previsibilidade da sua actuação.

Apesar de tudo são os mais perigosos pois representam um misto de Igreja Católica e organização militar. Suspeito até, que têm um “estado-maior” que funciona melhor que o do Exército (que, aliás, “capturaram” um dia, ao tempo de um tal de Fabião…), atente-se na sincronia organizacional e executiva das greves!
Eles só não aguentam é a luz do dia. E como já não têm um “sol” na terra que os guie e ilumine – o que não deixava e constituir uma traição à terra que os viu nascer – agora orbitam em torno de si mesmos.
São autênticos dinossauros vivos, uma espécie de trilobites pré - câmbrico. Mas não vale a pena entrarmos no domínio da Paleontologia…
Apenas uma nota final: quanto a acumulação de imobiliário e isenção de IVA o PCP não se importa nada de parecer burguês e capitalista o que também não é de admirar,
ou já se esqueceram que quem inventou e financiou o Comunismo e o (pseudo)Socialismo foram
judeus?

O Bloco de Esquerda, como todos aliás já adivinharam só pode pertencer ao sistema triclínico. Aquilo é tudo torto.
Têm, aparentemente, tanta pancada na cabeça que nem mil horas no divã do Freud os curavam!

Aquela rapaziada agora mais raparigada, anda de mal com todos: com o pai, com a mãe, com os tios, os avós, o merceeiro da esquina, a burguesia(?), o raio que os pariu, a
cor da batina dos padres, a disciplina dos comunas, etc., e embirram especialmente com homens Arianos, casados, heterossexuais, bons chefes de família...

Odeiam tudo, provavelmente para não se odiarem a eles próprios. O cidadão ideal para estes anormais (ou seja os que saem fora da norma) estratosféricos deve ser o descendente do cruzamento de um migrante ameríndio com
uma celta de Freixo de Espada à Cinta (adoro este nome), que vive do subsídio de desemprego e se manifesta ruidosamente pelo seu aumento; mostra as partes pudibundas aquando na Eucaristia se lê o Evangelho; se injecta na veia junto às gravuras de Foz Côa, tendo perto de si um cartão a clamar pelas alterações climáticas, ao passo que promove abaixo - assinados para proibir que se fume (tabaco, entenda-se) a menos de 500 metros dos cogumelos selvagens e na Serra da Malcata, para não perturbar o lince ibérico!
Assim, sim, é que haveria inclusão social (e já agora, animal).

Isto é claro sem ofensa para o sistema triclínico!
Com a idade começam a acalmar e dar-se tiques de novos -ricos.

O PS cristaliza no sistema hexagonal – tem muitas faces, ângulos e eixos…
Põe e tira o (pseudo)Socialismo da gaveta, conforme lhe dá jeito. Alia-se a este ou àquele, conforme lhe convém.

Os (pseudo)socialistas, por norma, não
produzem, distribuem, isto é, distribuem o que os outros produzem, já se vê. De preferência, entre eles, pois não foram eles que tiveram a ideia, em primeiro lugar?

O PSD ou PPD/PSD, por sua vez, cristaliza no sistema monoclínico, isto é, quando cristaliza, já que o sistema medieval de baronatos – uma espécie de réplica melhorada dos caciques locais do século XIX - que lhe serviu de ADN, raramente dá tempo para que o processo de cristalização se concretize.
Quanto à “esquematização do sistema reticular”, não existe, isto é, é o único partido que tem uma ideologia “amorfa” ou seja, dá para tudo. Como tal agarra-se, não
raro, a conceitos tecnocratas para sobreviver; ignora o combate ideológico e não quer ser bota-de- elástico quanto a costumes.
Alguns deles deram agora em libérrimos capitalistas à moda da “Goldman Sachs”.
É o vale tudo…

O CDS ou CDS/PP cristalizou no sistema Ortorrômbico pois é… ortorrômbico… Ou seja também não sabe o que é. Por norma as bases (que são poucas) querem uma coisa e os dirigentes (que são muitos) querem outra. Por isso se dizem rigorosamente ao centro. Só que o centro aqui representa a equidistância do nada. Os dirigentes, aliás, não se coadunam, por regra com o eleitorado que dizem representar, ou que as bases julgam que eles representam. E já tivemos originalidades que cheguem, as quais por pudor não vou mencionar.
Em síntese, o CDS quer ser o que não é e não assume o que devia ser e tem receio da própria sombra. Enfim “medos” que lhe ficaram do seu parto cercado, que foi, pelos ululantes do MFA e restantes antifascistas primários!
O que garante também a “conveniência” do espectro político, que vai do centro para a “direita”, não ter representação parlamentar. O que se mantém até hoje.
Aquilo, aliás, está cheio de imberbes bem comportadinhos, alimentados a sopas de cavalo cansado com a particularidade do tinto ter sido substituído por sumo de vaca.

Os pequenos partidinhos, passe o pleonasmo, são apenas apêndices de quem os criou (já que novos partidos a sério têm o acesso bloqueado; não há dinheiro que os sustente e a atmosfera já está demasiado poluída e agranelada com os existentes!), não têm direito sequer a cristalizar.
Quanto ao sistema tetragonal, não existe nenhuma formação partidária que se lhe ajuste. E também não faz falta.
As “semelhanças” entre partidos políticos e minerais na forma de cristal acabam, porém, aqui.
A cristalização mineral é uma obra-prima da natureza; a “cristalização” dos partidos políticos é um cancro da sociedade que a natureza humana criou. As regras da cristalização mineral estão bem definidas 6 e são estáveis.
As regras para o surgimento de partidos são aleatórias e instáveis. Hoje em dia fazer um partido é quase igual a criar um clube recreativo. Tudo depende apenas de se arranjar financiamento (logo aqui há uma desigualdade e injustiça
relativa terrível). Acresce que não devia ser assim. Um “partido” visa o exercício do Poder. Ora o exercício do Poder é uma coisa séria demais para ser deixado ao critério de qualquer um. E não se pode esquecer aquele pormenor, de o dinheiro ser o de todos os contribuintes, ao passo que o clube de bairro vive das quotas dos associados e das
“tômbolas” que consegue promover.

Esta é a desgraça da qual somos servidos. Mas se formos agora para as propriedades políticas propriamente ditas, o caso é ainda pior. Um partido político nasce a partir do nada (não do verbo), e por melhores(?) ou piores que sejam as intenções dos seus fundadores, aquilo degenera rapidamente, pois a reunião de um grupo de pessoas escolhidas aleatoriamente, sem formação específica, sem crivo, sem terem de prestar provas, sem ideologia (e quando têm alguma ainda é pior pois a História já demonstrou que todas as que se inventaram estão erradas e nunca resolveram nenhum problema), com uma organização fracota e burocrática e uma hierarquia bronca.

Um partido pretende governar a Nação que é inteira enquanto eles são apenas uma parte, partida.

O objectivo de um partido político é a conquista e manutenção do Poder e a este objectivo tudo é sacrificado.
Invocam constantemente o interesse nacional, mas é mentira, o que interessa é o interesse do partido, quer dizer o do seu “líder” na altura. Toda a gente sabe isto e quem não percebe, intui. Por isso a Demagogia, o manobrismo, a intriga, a sabujice, a mentira e todos os maus comportamentos possíveis, tornam-se a regra. O usufruto do Poder é sinónimo de oportunidade de negócios, o que mexe com dinheiro. Ora quando há humanos, negócios e dinheiro se não houver probidade, moral e ética, descamba tudo em crimes vários dos quais a corrupção emerge em todo o seu esplendor.

Com o tempo as coisas pioram e o sistema apodrece.

Já passámos por tudo isto entre 1822 e 1834; entre 1834 e 1851; 1851 e 1910 e entre 1910 e 1926.
Como não se aprendeu nada, resolveu-se implementar a fórmula novamente após 1974.

A coisa tem-se aguentado mais tempo, por se ter demolido sistematicamente as instituições nacionais; deixou-se de perseguir directamente a Igreja; o país não ter sido
confrontado com nenhuma crise internacional grave e, sobretudo, porque se tem comprado a paz social através da colocação nos bolsos das pessoas de um pecúlio que
lhes aumentou artificialmente a qualidade de vida, à custa da alienação da Soberania; a venda de empresas e património, e uma dívida gigantesca e impagável.

Esqueci-me de dizer uma coisa: os partidos políticos só conseguem ter uma acção útil, quando se unem, ou acordam em fazer algo, ou seja, quando se anulam…
Por isso, e ao contrário do que dizem muitos, normalmente citando Churchill, de que o sistema em vigor é o menos mau de todos, eu diria que é o pior de todos, pois leva psicologicamente as pessoas a pensar, que conseguem influenciar alguma coisa, votando…

O que corre paredes meias com o maior embuste da “Democracia” que é fazer crer aos governados que mandam nos que governam!

Reformar, de alto a baixo, todo o sistema político devia ser a prioridade das prioridades.

Eu sei que dá trabalho e é incómodo, mas talvez não fosse má ideia pensar nisto."
-João José Brandão Ferreira

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