É também uma imagem muito boa. Simples mas que transmite muita coisa.
Mostra o habitat perfeito para as crianças. É a rua. Mas é a rua sem traficantes, sem criminosos, sem pedófilos, sem o multiculturalismo e sem paneleirismo. A imagem até me faz lembrar um pouco a minha própria infância.
E mostra ainda outra coisa. Hoje em dia as crianças(as de famílias mais ricas) vivem inundadas de brinquedos modernos, de plástico, cada vez mais sofisticados e cada vez em maiores quantidades. Mas o verdadeiro desenvolvimento da criança, o crescimento saudável é na rua e não atolados nesses montes de plastico.
Ou um guarda-redes e dois com a bola, e um contra o outro?
Dos remates que iam contra um carro que estava estacionado junto ao campo, o vidro partia, e tudo começava a fugir?
De imitarmos as jogadas e fintas dos nossos jogadores preferidos?
De chegarmos a casa todos suados, às vezes com os joelhos em sangue e os pés com bolhas, e no dia seguinte lá íamos jogar outra vez de manhã e à tarde?
Das ruas cheias de miúdos, às vezes tantos que dava à vontade para fazer 3 equipas de futebol e tinha que se jogar ao bota fora?
De ficarmos completamente fascinados quando íamos comprar sapatilhas de futebol?
Dos cromos de futebol, onde jogávamos ao jogo do vira uns contra os outros para termos a máxima colecção possível para colar na caderneta?
De irmos chamar todos uns aos outros, não havia telemóveis e percorríamos quilômetros a pé a seguir à hora do almoço para nos reunirmos todos, e alguns pais fodidos porque íamos lá tocar à campainha e muitos queriam era dormir no domingo?
Dos gelados na hora do lanche?
Da bola ir parar às silvas e ou quem chutava ia buscar, ou com sorte havia o otário do grupo que ia sempre buscar?
Era tudo mais puro e mais saudável. O facto de a segunda república ter sido substituída há pouco tempo, assegurava ainda uma resistência contra a indecência, pois a sociedade ainda estava pouco contaminada pela merdocracia.
E até os bófias dos estádios eram a maior parte barrigudos, que dava sempre para entrar nos estádios sem pagar e fugir que eles não nos conseguiam apanhar, eheh.
Ainda me lembro numa fase mais novo que era grátis até a entrada para crianças.
Eramos muito muito muito muito muito mais livres, sem qualquer dúvida nenhuma. Hoje é só escumalha nas ruas, que convém ter sempre milícias nacionalistas junto das crianças para as proteger.
"Ou um guarda-redes e dois com a bola, e um contra o outro?
Dos remates que iam contra um carro que estava estacionado junto ao campo, o vidro partia, e tudo começava a fugir?
De imitarmos as jogadas e fintas dos nossos jogadores preferidos?
De chegarmos a casa todos suados, às vezes com os joelhos em sangue e os pés com bolhas, e no dia seguinte lá íamos jogar outra vez de manhã e à tarde?
Das ruas cheias de miúdos, às vezes tantos que dava à vontade para fazer 3 equipas de futebol e tinha que se jogar ao bota fora?
De ficarmos completamente fascinados quando íamos comprar sapatilhas de futebol?
Dos cromos de futebol, onde jogávamos ao jogo do vira uns contra os outros para termos a máxima colecção possível para colar na caderneta?
De irmos chamar todos uns aos outros, não havia telemóveis e percorríamos quilômetros a pé a seguir à hora do almoço para nos reunirmos todos, e alguns pais fodidos porque íamos lá tocar à campainha e muitos queriam era dormir no domingo?
Dos gelados na hora do lanche?
Da bola ir parar às silvas e ou quem chutava ia buscar, ou com sorte havia o otário do grupo que ia sempre buscar?"
saudades... quantas futeboladas joguei e quantos joelhos esfolados ;) fiz de guarda-redes, defesa, avançado, de tudo um pouco. gozei, fui gozado, marquei golos, defendi, franguei, etc, etc
"Eramos muito muito muito muito muito mais livres, sem qualquer dúvida nenhuma."
Sem dúvida nenhuma.
Brinquedos? Eu fazia os meus próprios brinquedos. De cortiça e madeira. Cheguei a fazer um tractor em madeira maciça que hoje seria considerado um brinquedo de luxo.
Eu por vezes levava nas orelhas da minha mãe porque saia de casa de manhã e só chegava á noite.
Nós além de futebol tínhamos outras actividades que iam variando ao longo do ano. No verão íamos quase diariamente para o rio. Muitos dos putos iam sem saber nadar. E o rio tem sítios bastante fundos e perigosos porque tem muitas rochas.
No inverno, ou outono depois de jantar juntávamos-nos uns 10 ou mais e jogávamos vários jogos na rua.
Lembro outra vez em que os putos do meu bairro fizemos uma declaração "formal" de guerra aos de outro bairro. A terra tem 3 bairros principais. Os do terceiro bairro era "mercenários", ou seja podiam juntar-se a nós ou a eles.
Sei que passamos um verão bastante tenso com a "guerra". Eu era óptimo a produzir armas de guerra. Fisgas, arcos, setas, bastões de madeira etc. Chegou a haver algumas cenas muito tensas, que podiam ter provocado grandes danos. Eles não produziam armas mas tinham alguns putos que eram pastores e então conseguiam atirar pedras a grande distância devido ao treino que tinham ao fazer isso com o gado. Mas no final não houve ferimentos de maior tirando uns arranhões e inchaços.
Tínhamos imensa liberdade, e nem sequer tínhamos qualquer brinquedo mais sofisticado, nem uma bicicleta por exemplo que era uma coisa que eu adorava ter em miúdo. Um vez encontrei uma sem pneus, nem corrente. Só podia andar nas descidas, mas andei nela até me estampar e aleijar com alguma gravidade na barriga.
Aliás eu andava quase sempre todo arranhado. E ainda tenho algumas marcas desses ferimentos.
"Eu por vezes levava nas orelhas da minha mãe porque saia de casa de manhã e só chegava á noite."
Era só para comer, tomar banho e dormir lol. As mães diziam que pareciam "hotéis".
"No verão íamos quase diariamente para o rio. Muitos dos putos iam sem saber nadar. E o rio tem sítios bastante fundos e perigosos porque tem muitas rochas."
Hoje tenho noção da irresponsabilidade, mas nós éramos muito mais audazes e dáva-nos um grande gozo e sensação de liberdade. Bandeira vermelha, grande temporal mesmo, inverno puro, e siga para o mar da praia da Póvoa de Varzim em zonas onde não havia salva-vidas e o mar era todo nosso.
Lá de vez em quando habitantes faziam queixa e lá vinham os salva-vidas todos aflitos e nós lá tínhamos que nos pisgar.
E quem não se lembra da captura das barracas à noite, com os donos atrás de nós com as lanternas. Só rir...
"Eu era óptimo a produzir armas de guerra. Fisgas, arcos, setas, bastões de madeira etc."
Muitos de nós usávamos aquelas espingardas de pressão, e íamos sem os mais velhos saberem comprar balas às drogarias. Os chamados "chumbinhos". Depois íamos para os bosques, disparávamos, e lá chamavam outra vez a polícia e lá tínhamos que nos pisgar outra vez eheh.
"Aliás eu andava quase sempre todo arranhado. E ainda tenho algumas marcas desses ferimentos."
Isso era comum na nossa geração. As calças não duravam muito tempo, ou então duravam mas andávamos com elas todas rotas.
Não são aceites comentários que usem a mentira como contra-argumentação. Aceito qualquer debate, desde que se fale verdade. Isto não é um blog democrata, nem nenhuma juventude partidária democrata onde se treina desde cedo o uso da mentira como retórica política para enganar os Portugueses. Aqui reina a verdade, não a mentira.
"Kids don't like democrats."
ResponderExcluirEstes aqui estão-se completamente a cagar para a democracia e para os democratas.
http://36.media.tumblr.com/14c28e9191fe9fdcd2403b8fd41f4267/tumblr_mmw55nVTrB1sqnm8jo1_500.jpg
É também uma imagem muito boa. Simples mas que transmite muita coisa.
Mostra o habitat perfeito para as crianças. É a rua. Mas é a rua sem traficantes, sem criminosos, sem pedófilos, sem o multiculturalismo e sem paneleirismo.
A imagem até me faz lembrar um pouco a minha própria infância.
E mostra ainda outra coisa. Hoje em dia as crianças(as de famílias mais ricas) vivem inundadas de brinquedos modernos, de plástico, cada vez mais sofisticados e cada vez em maiores quantidades.
Mas o verdadeiro desenvolvimento da criança, o crescimento saudável é na rua e não atolados nesses montes de plastico.
"http://36.media.tumblr.com/14c28e9191fe9fdcd2403b8fd41f4267/tumblr_mmw55nVTrB1sqnm8jo1_500.jpg"
ResponderExcluirIsto é "Old School" no seu melhor.
Quem não se lembra da perdinha
(contra a parede)?
Ou um guarda-redes e dois com a bola, e um contra o outro?
Dos remates que iam contra um carro que estava estacionado junto ao campo, o vidro partia, e tudo começava a fugir?
De imitarmos as jogadas e fintas dos nossos jogadores preferidos?
De chegarmos a casa todos suados, às vezes com os joelhos em sangue e os pés com bolhas, e no dia seguinte lá íamos jogar outra vez de manhã e à tarde?
Das ruas cheias de miúdos, às vezes tantos que dava à vontade para fazer 3 equipas de futebol e tinha que se jogar ao bota fora?
De ficarmos completamente fascinados quando íamos comprar sapatilhas de futebol?
Dos cromos de futebol, onde jogávamos ao jogo do vira uns contra os outros para termos a máxima colecção possível para colar na caderneta?
De irmos chamar todos uns aos outros, não havia telemóveis e percorríamos quilômetros a pé a seguir à hora do almoço para nos reunirmos todos, e alguns pais fodidos porque íamos lá tocar à campainha e muitos queriam era dormir no domingo?
Dos gelados na hora do lanche?
Da bola ir parar às silvas e ou quem chutava ia buscar, ou com sorte havia o otário do grupo que ia sempre buscar?
Era tudo mais puro e mais saudável.
O facto de a segunda república ter sido substituída há pouco tempo, assegurava ainda uma resistência contra a indecência, pois a sociedade ainda estava pouco contaminada pela merdocracia.
E até os bófias dos estádios eram a maior parte barrigudos, que dava sempre para entrar nos estádios sem pagar e fugir que eles não nos conseguiam apanhar, eheh.
Ainda me lembro numa fase mais novo que era grátis até a entrada para crianças.
Eramos muito muito muito muito muito mais livres, sem qualquer dúvida nenhuma.
Hoje é só escumalha nas ruas, que convém ter sempre milícias nacionalistas junto das crianças para as proteger.
"Ou um guarda-redes e dois com a bola, e um contra o outro?
ResponderExcluirDos remates que iam contra um carro que estava estacionado junto ao campo, o vidro partia, e tudo começava a fugir?
De imitarmos as jogadas e fintas dos nossos jogadores preferidos?
De chegarmos a casa todos suados, às vezes com os joelhos em sangue e os pés com bolhas, e no dia seguinte lá íamos jogar outra vez de manhã e à tarde?
Das ruas cheias de miúdos, às vezes tantos que dava à vontade para fazer 3 equipas de futebol e tinha que se jogar ao bota fora?
De ficarmos completamente fascinados quando íamos comprar sapatilhas de futebol?
Dos cromos de futebol, onde jogávamos ao jogo do vira uns contra os outros para termos a máxima colecção possível para colar na caderneta?
De irmos chamar todos uns aos outros, não havia telemóveis e percorríamos quilômetros a pé a seguir à hora do almoço para nos reunirmos todos, e alguns pais fodidos porque íamos lá tocar à campainha e muitos queriam era dormir no domingo?
Dos gelados na hora do lanche?
Da bola ir parar às silvas e ou quem chutava ia buscar, ou com sorte havia o otário do grupo que ia sempre buscar?"
saudades...
quantas futeboladas joguei e quantos joelhos esfolados ;)
fiz de guarda-redes, defesa, avançado, de tudo um pouco. gozei, fui gozado, marquei golos, defendi, franguei, etc, etc
"Eramos muito muito muito muito muito mais livres, sem qualquer dúvida nenhuma."
ResponderExcluirSem dúvida nenhuma.
Brinquedos? Eu fazia os meus próprios brinquedos. De cortiça e madeira. Cheguei a fazer um tractor em madeira maciça que hoje seria considerado um brinquedo de luxo.
Eu por vezes levava nas orelhas da minha mãe porque saia de casa de manhã e só chegava á noite.
Nós além de futebol tínhamos outras actividades que iam variando ao longo do ano. No verão íamos quase diariamente para o rio. Muitos dos putos iam sem saber nadar. E o rio tem sítios bastante fundos e perigosos porque tem muitas rochas.
No inverno, ou outono depois de jantar juntávamos-nos uns 10 ou mais e jogávamos vários jogos na rua.
Lembro outra vez em que os putos do meu bairro fizemos uma declaração "formal" de guerra aos de outro bairro. A terra tem 3 bairros principais. Os do terceiro bairro era "mercenários", ou seja podiam juntar-se a nós ou a eles.
Sei que passamos um verão bastante tenso com a "guerra". Eu era óptimo a produzir armas de guerra. Fisgas, arcos, setas, bastões de madeira etc.
Chegou a haver algumas cenas muito tensas, que podiam ter provocado grandes danos. Eles não produziam armas mas tinham alguns putos que eram pastores e então conseguiam atirar pedras a grande distância devido ao treino que tinham ao fazer isso com o gado.
Mas no final não houve ferimentos de maior tirando uns arranhões e inchaços.
Tínhamos imensa liberdade, e nem sequer tínhamos qualquer brinquedo mais sofisticado, nem uma bicicleta por exemplo que era uma coisa que eu adorava ter em miúdo. Um vez encontrei uma sem pneus, nem corrente. Só podia andar nas descidas, mas andei nela até me estampar e aleijar com alguma gravidade na barriga.
Aliás eu andava quase sempre todo arranhado. E ainda tenho algumas marcas desses ferimentos.
"Eu por vezes levava nas orelhas da minha mãe porque saia de casa de manhã e só chegava á noite."
ResponderExcluirEra só para comer, tomar banho e dormir lol.
As mães diziam que pareciam "hotéis".
"No verão íamos quase diariamente para o rio. Muitos dos putos iam sem saber nadar. E o rio tem sítios bastante fundos e perigosos porque tem muitas rochas."
Hoje tenho noção da irresponsabilidade, mas nós éramos muito mais audazes e dáva-nos um grande gozo e sensação de liberdade.
Bandeira vermelha, grande temporal mesmo, inverno puro, e siga para o mar da praia da Póvoa de Varzim em zonas onde não havia salva-vidas e o mar era todo nosso.
Lá de vez em quando habitantes faziam queixa e lá vinham os salva-vidas todos aflitos e nós lá tínhamos que nos pisgar.
E quem não se lembra da captura das barracas à noite, com os donos atrás de nós com as lanternas.
Só rir...
"Eu era óptimo a produzir armas de guerra. Fisgas, arcos, setas, bastões de madeira etc."
Muitos de nós usávamos aquelas espingardas de pressão, e íamos sem os mais velhos saberem comprar balas às drogarias.
Os chamados "chumbinhos".
Depois íamos para os bosques, disparávamos, e lá chamavam outra vez a polícia e lá tínhamos que nos pisgar outra vez eheh.
"Aliás eu andava quase sempre todo arranhado. E ainda tenho algumas marcas desses ferimentos."
Isso era comum na nossa geração.
As calças não duravam muito tempo, ou então duravam mas andávamos com elas todas rotas.