“O meu ‘optimismo’ não é beato. Não pertenço a uma paróquia onde se acredita que tudo acaba por se arranjar. Vejo perfeitamente tudo o que é desgraça na nossa época. Pressinto, no entanto, que os poderes que pesam negativamente sobre a sorte dos europeus serão minados pelos choques da História que virão. Para chegar a um autêntico despertar é ainda necessário que os europeus possam reconquistar a sua consciência indígena e a longa memória das quais foram desapossados. As adversidades que aí vêm ajudar-nos-ão libertando-nos do que nos tem poluído em profundidade. É a tarefa temerária a que me dediquei. Para além da minha pessoa mortal, tenho a certeza que os archotes acesos não se apagarão. É o que me transmitem os nossos poemas fundadores. Eles são o depósito de todos os nossos valores. Mas constituem um pensamento em parte perdido. Temos assim que
reinventá-lo e projectá-lo no futuro como um mito criador.”
reinventá-lo e projectá-lo no futuro como um mito criador.”
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