No entanto e tendo em conta variados casos já ocorridos é, não só possível, mas sobretudo pertinente, tecer algumas considerações que nos parecem adequadas e que já têm lastro temporal significativo.
Parece-nos que, relativamente ao presente caso, devemos equacionar uma razão objectiva e duas realidades, uma militar e outra civil, como pano de fundo.
Comecemos por esta última e pela parte civil. Não é segredo para ninguém - embora tal não tenha expressão pública - como a situação moral (que é cada vez mais “relativa”), ética (um termo quase banido do discurso e prática, política, social, empresarial, etc.) e de costumes sociais, está cada vez mais adulterada, abandalhada e nivelada por baixo; o aparelho judicial está, a vários títulos, erradamente concebido e os actuais códigos de justiça e sobretudo o código do processo penal, favorecem quem se porta mal, em detrimento de quem vive honradamente; que o sistema de ensino é uma fraude, um erro tremendo e um desastre extenso, apesar das loas que lhe são feitas e coloca sucessivas gerações de jovens na idade adulta, carenciados de todo o tipo de ferramentas e boas referências, sejam elas culturais, de raciocínio, físicas, cívicas, morais e técnicas, que lhes permitam enfrentar com sucesso, o mercado de trabalho e a sua independência estruturada como ser humano.
O sistema político é medíocre, gerador de conflitos constantes, perturbador da independência nacional, falho de autoridade e propiciador da corrupção que se tem alargado em toda a sociedade como uma mancha de óleo que tudo contamina.
Os exemplos podiam continuar.
As Forças Armadas, que são uma emanação da Nação e a Instituição mais importante do Estado, mesmo tendo em conta as suas especificidades próprias, não podem ficar imunes ao que se passa no tecido nacional. E as chefias militares têm-se mostrado impotentes para travar o descalabro existente e em impedir que tal contamine as fileiras. Tem-se conseguido apenas limitar os estragos, mas longe de os impedir de todo. Além do que o Poder Político nas últimas três décadas se tem entretido a desmontar todos os caboucos em que assentava a Condição Militar e o funcionamento dos Exércitos.
O facto de ainda não ter havido uma revolta séria deve ser objecto de estudo e estupefacção, para os observadores atentos. Mas não obrigados.
Ora, depois de terem acabado com o Serviço Militar Obrigatório; criado condições objectivas para não haver recrutamento de profissionais; terem acabado com os Tribunais Militares (em tempo de paz) e reduzido a Justiça Militar a uma caricatura; solapado a Disciplina com a última revisão do Regulamento de Disciplina Militar; feito invadir o ensino militar, pelas novas normas do ensino civil; impondo na sociedade uma quantidade de hábitos, normas, crenças, valores, etc., que estão nos antípodas daqueles que são vivenciados (ou eram) nas unidades militares; terem, enfim, coarctado sistematicamente a autoridade e competências operacionais, logísticas e administrativas de gestão do pessoal, etc., da hierarquia militar e muito mais coisas que seria ocioso enumerar, está-se à espera de que aconteça o quê?
Quando um Chefe de Estado-Maior-General afirma publicamente que a situação de falta de pessoal (provavelmente queria referir-se a mais coisas) era insustentável e nada acontece, podemos esperar que algo de bom esteja para nascer?
Temos visto, nos últimos tempos, muitas dezenas de directores de serviços de variadas unidades hospitalares ligados ao Serviço Nacional de Saúde, demitirem-se dos seus cargos por alegarem falta de condições de funcionamento.
Bom, se os militares seguissem o exemplo, não restaria um único oficial, sargento ou praça. Simplesmente existe uma diferença de tomo: os militares não podem emigrar, nem irem trabalhar para outro Exército, Força Aérea ou Marinha; só podem desertar para a Legião Estrangeira ou para a Legião Espanhola…
Ora, com tais panos de fundo, que estão longe de esgotar o tema, vamos saltar para a situação objectiva, que tem a ver com os problemas de selecção e recrutamento para as Forças Armadas, em geral, e em particular para as Forças tidas como “especiais”. É preciso olhar para isto com olhos de ver e seguramente muitos relatórios internos já foram feitos, bem como das chefias para a tutela política e que têm, como destino preferencial, o “franjinhas” (máquina de triturar papel), ou o “visto arquive-se". Ou, até, meu Deus, quantas vezes li, o enigmático “Ciente, arquive-se"…
Por exemplo a Marinha teve sempre uma dificuldade de ter um recrutamento que espelhasse o conjunto nacional, pois a maioria de quem concorre à “Briosa” é dos municípios à volta do Alfeite, Lisboa, Setúbal. Hoje em dia, o recrutamento geral é quase regional (isto é, ficam na sua área de residência), etc. E muitas outras considerações haveria a fazer, a principal das quais é que há uma falta considerável de “vocações” militares, tanto em quantidade quanto em qualidade, e isto apesar do
contingente a recrutar ser cada vez mais reduzido, diria ridículo. A tendência natural é fazer baixar os parâmetros e exigências de selecção e treino.
Mas fixemo-nos nas forças especiais. Sem termos números concretos, estamos em crer que os problemas existentes são por ordem decrescente, “Comandos”, “Fuzileiros”, “Pára-quedistas” e “Operações Especiais(Rangers)”.
Muito disto tem a ver com as áreas do território onde são recrutados os mancebos, com os “Comandos” a sofrerem mais, pois grande parte do seu recrutamento é feito em habitantes dos bairros suburbanos de Lisboa, Sintra, etc., onde os problemas, digamos, sociais são maiores, ao contrário de muitos dos que vão para as Operações Especiais(Rangers), por ex., ser gente das vilas e campos, à volta de Lamego, pessoas de um modo geral, menos “contaminadas” pelos “vícios” da cidade (enquanto os Pára-quedistas têm um recrutamento mais abrangente no todo nacional).
Há muitos anos que se sabe dos problemas existentes e até da apetência de haver aliciamento (haverá alguns casos pontuais de infiltração mas serão residuais) por parte de “gangs” para colocar militares ao seu serviço. A questão explica-se se tivermos em conta que o pessoal das forças especiais tem um treino muito exigente e toma conhecimento e contacto com armamento, munições e equipamento sofisticados, tecnologia de ponta, técnicas e tácticas acessíveis a muito poucos, etc. Ora isto constitui mais - valias muito importantes para quem quiser praticar o Bem, mas também para quem está devotado somente ao Mal...
Ora o recrutamento militar que está minguado pelas razões atrás expostas, mais minguado fica no caso das forças especiais pois apenas muito poucos têm “estômago” para aguentarem as exigências da selecção e sobretudo do treino, o que torna a realidade uma "inequação" insolúvel. Além disto e numa proporção cada vez maior, tem-se incorporado muitos jovens, que de portugueses só têm o nome e que podem ser terreno fértil para comportamentos menos próprios, já que não são conformes à nossa matriz cultural, valores e lealdades. Basta observar os pelotões formados, sobretudo nos Comandos, com alguma atenção, incluindo apelidos…
Passou ainda a haver uma certa forma de “mercenarismo”, como são encaradas estas missões no exterior, o que carece de uma explicação mais extensa, para a qual não temos espaço.
A única maneira de minorar estes problemas – além de restringir fortemente a outorga da nacionalidade (para o que é urgente mudar a subversiva lei que a regula) - seria ter registos criminais adequados e informações, mas isso esbarra com os alegados direitos, liberdades e garantias… A acção de Comando - burilada após dois mil anos de experiência de como formar e operar forças militares de terra, mar e ar - está constantemente a ser coarctada por imposições regulamentares, originadas em legislação de carácter civil, que ignora em absoluto as necessidades da vida militar e seu objecto, o que dificulta e impede cada vez mais o comando e controlo dentro e fora das unidades militares."
-Brandão Ferreira
As nossas Forças Armadas devem estar empenhadas na Defesa de Portugal e da Europa. Existe uma União Africana, eles que se entendam. "Missões de paz", ok ok. A Polónia sim, precisa da nossa ajuda agora.
ResponderExcluirComigo a mandar, ajuda à Polónia não era para hoje, mas para ontem.
ResponderExcluirAliás, este tipo de guerras hibridas usando as hordas kalergianas tipo orcs não é nada de novo, há bem pouco tempo a Grécia foi alvo do mesmo; sendo que nessa altura os Austríacos E BEM, mostraram solidariedade Ariana para com os Gregos.
https://omsilanoican.blogspot.com/2020/03/noticiaimagens-do-dia_22.html
Outro post relacionado:
https://omsilanoican.blogspot.com/2020/11/um-artigo-interessante.html
E depois essas missões de "paz" tem muito que se lhe diga...
ResponderExcluirO único argumento válido, que eu até aceito - apesar de não ter sido dito por ninguém, pelo menos publicamente -, é que essas missões podem servir como uma espécie de "treino mais real", visto que não estamos em guerra(oficialmente...já que por detrás dos bastidores estamos a ser alvo de guerra psicológica, ideológica, financeira, e biológica por parte do judaísmo internacional contra nós) há muitas décadas já.
Porque há várias coisas que até hoje estão por esclarecer:
1- Porque razão era "injusto", "imoral", e "irracional" lutar pelo território Ultramarino que ERA NOSSO, mas ir para o Iraque, Afeganistão, Kosovo e afins já "está-se bem"!?
2- Porque razão continuam com a narrativa que "não tínhamos nada que estar em Africa porque não somos Africanos", mas agora já temos que ir para a República Centro Africana defender os interesses de outros e fazendo de mercenários?
3- As ilhas de Cabo Verde e S.Tomé NEM SEQUER ERAM HABITADAS quando os Lusitanos as descobriram. Foram os Portugueses que levaram para lá Negros, e portanto os Negros nem sequer podem dizer que são Nativos de lá. Aquilo não era 100% nosso? Aos olhos da lógica, da razão, do bom senso, e até mesmo da lei? Qual é o argumento aqui?
4- E mesmo nos outros sítios, à excepção de Macau e Índia, por acaso as outras regiões tinham Estado? Tinham fronteiras? Tinham um povo devidamente organizado? Ou vão-me dizer que poucos milhares com centenas de palhotas a ocuparam nem 5% de um território que nem sequer tinha fronteiras nem Estado, isso faz desse povo o legítimo dono de TODO O TERRITÓRIO à posterior já desenvolvido por nós, já com fronteiras por nós feitas, e com um Estado por nós erguido?
5- Se Africa pertence aos Africanos é um slogan legítimo, porque é que "Europa pertence aos Europeus" já é um slogan "racista"? Onde está a lógica disto? Onde está a legitimidade disto?
6- Porque razão este governo reconhece os movimentos islâmicos na República Centro Africana como uma ameaça, mas dentro de fronteiras o ILEGÍTIMO primeiro-ministro NÃO-NATIVO indiano anda a fazer lobby para a islamização de Portugal?
7- A mesma pergunta acima para o cripto-judeu e bilderberg Marcelo Rebelo de Sousa...
8- Comigo a mandar, os nossos militares não seriam tratados nem como 'chicletes humanas' nem como macacos. Um líder só pode ambicionar lealdade absoluta de quem lidera, se ele mesmo falar 100% Verdade a quem por ele é liderado, e se de facto se empenhar e sacrificar por quem por ele é liderado - incluindo famílias desses mesmos militares.