"Apenas um capitão adequadamente capaz possui habilidade para controlar o navio, mas impulsionado pela crença em igualdade absoluta, o proprietário é desafiado, não por aqueles que podem fazer um trabalho melhor, mas porque cada indivíduo acredita ter direito igual a fazer seu trabalho. A tripulação luta entre si por poder, mas nenhum deles busca adquirir o conhecimento que os tornaria aptos para controlar o navio. O narcisismo sobrepuja a sabedoria, ameaçando não apenas o proprietário, mas toda a tripulação. Desde essa perspectiva, políticos democráticos são representados como um grupo de incompetentes famintos por poder, ávidos por controle a qualquer custo, mas incapazes de preencherem o papel do líder educado e experiente.
Tão dolorosa quanto a ideia possa ser, democracia abre o caminho para o egoísmo, com todos acreditando serem merecedores de uma quantidade igual de poder simplesmente por virtude de sua existência. Para todas as outras posições importantes há requisitos formais - não para a política. As posições mais importantes no Estado tem a menor quantidade de requisitos formais. Esse é o centro do argumento apresentado contra a democracia - deixando a arena da política aberta para todos e o voto aberto para pessoas que não possuem a informação correcta disponível para selecionar o melhor candidato, são apontados políticos que são incompetentes e possivelmente até prejudiciais à pólis. A seguinte regra lógica se aplica: homens medíocres produzem Estados medíocres, homens ruins produzem Estados ruins, mas o líder socrático indicado por sua excelência pessoal produzirá um Estado excelente. O Estado e o governo são o espelho do homem que os lidera.
O ideal é, portanto, uma aristocracia composta por especialistas qualificados e virtuosos e o que é chamado de"aristokratia" por Sócrates é realmente uma meritocracia de mente e espírito. A alternativa de Sócrates à democracia é uma elite inteligente e educada."
-Gwendolyn Taunton
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