"Depois dos partidos aparecerem e terem contribuído para
afundar o país, no mais fundo dos precipícios, houve
apenas uma época de cerca de 40 anos em que se restaurou a Nação e o Estado, justamente por tudo se ter realizado à sua margem e influência.
Não fizeram falta nenhuma.
E hoje também não fazem.
Portugal como nação, não é um regime político, muito
menos um conjunto de partidos políticos.
É uma comunidade antiga, estruturada e amalgamada por
uma História de muitos séculos (não é velha!), de
vicissitudes, tragédias e glórias, sustentado desde Ourique,
com um objectivo teleológico e telúrico, que se
transmutou numa realidade espiritual superior: a Pátria Portuguesa.
Ora os PP são a antítese de tudo isto.
Eles destroem a unidade do Estado, comportando-se como
pequenos estados dentro do estado; minam a coesão da
sociedade e a tranquilidade da população.
Tudo neles é centrífugo, nada é centrípeto.
Vivem em função dos ciclos eleitorais (aliás, é raro o mês
em que não há uma campanha eleitoral qualquer) e da caça ao voto, não do que têm e devem fazer.
Ninguém consegue governar se estivermos em campanha
eleitoral permanente...
Nada é institucional, com visão de futuro, com vista ao
engrandecimento do país como tal, pois tudo é mesquinho,
virado para o curto prazo, a aliança de circunstância, a
oportunidade de negócio.
Em cevar os apetites do aparelho.
Nos Partidos os valores são substituídos pelas transigências e a oportunidade do momento onde a virtude não faz escola e o vício campeia.
Como não têm escoras onde se apoiar, são ainda facilmente infiltrados ou tomados de assalto por organizações secretas ou discretas que fizeram da sociedade o seu pasto e do poder político o seu objecto e esteio.
Quase todos sabem ao que me refiro, mas poucos se atrevem a falar no tema. É assunto ainda tabu, de que não
há discussão na praça pública.
Muitos cidadãos, desesperados com o evoluir da situação,
tentam – dentro do sistema, que é encabeçado pela
Constituição – formar outros partidos para tentar combater
o “sistema” por dentro.
Tudo em vão. Quem chegou primeiro instalou-se e tratou
de bloquear o sistema. O sistema está bloqueado.
A juntar a tudo o que foi dito – que já não seria pouco – os
partidos políticos iniciais, passaram do nacionalismo para
o internacionalismo – os partidos comunistas eram até,
sem excepção, correias de transmissão do Partido
Comunista da URSS! – e do internacionalismo para o
domínio de organizações de poder financeiro e político
sem rosto, que já chegam ao ponto de recrutar, empregar,
“formar” e inocular, quem lhes interessa nos partidos,
parlamentos e governos.
Ou seja os Partidos Políticos deixaram de ter seja o que
for, com Patriotismo.
São pois tumores malignos no seio da Nação.
Quem tem cancro é melhor tratar de acabar com ele, senão
já sabe o que lhe acontece."
-Brandão Ferreira
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