"8 horas de trabalho. 8 horas de lazer. 8 horas de sono. Repita. Sobreviva. Obedeça. Esta é a lei da sociedade industrial. Poucos afortunados possuem a sorte de trabalhar no máximo 8 horas. Poucos possuem 8 horas para o sono e 8 horas para o lazer. Além disso, o lazer moderno é insignificante. Nos divertimos com coisas que não são divertidas. Nos descontraímos ao ligar a televisão e assistir algumas horas de Netflix, mas não nos divertimos de verdade.
A utopia moderna da Industrialização se tornou a realidade distópica da contemporaneidade. O homem deixou o campo, o ar limpo do interior, sua vida regulada pelas estações do ano e pelo dia e noite, cujo trabalho duro e com esforço realizado junto com sua família, teria recompensas ricas e necessárias para o andamento de uma boa vida.
O homem foi enganado pela propaganda da Indústria, sendo enclausurado em uma fábrica ou escritório, respirando ar poluído e sujo, regulado pelos ponteiros do relógio, para ter um salário mínimo, que muitas vezes é insuficiente e acaba gerando dívidas, para sua mera sobrevivência. A modernidade é plástica e falsa. Como dito por D. H. Lawrence:
"Tudo é fingimento: jóias falsas, falsa elegância, charme falsificado, ternura falsa, paixão falsa, cultura falsificada, amor falsificado. Tristezas simuladas e prazeres falsos, mágoas e gemidos falsos, êxtases falsos e, sob todos, uma dura constatação de que vivemos pelo dinheiro e por dinheiro apenas; e um terrível medo de um colapso nervoso iminente."
Ser contra a Indústria actual não quer dizer ser contra o progresso tecnológico. Nós ocidentais, tendo como precursores nossos ancestrais europeus, desenvolvemos a tecnologia para níveis fantásticos. Devemos ter orgulho imenso disso. Porém o que está acontecendo hoje é uma degeneração do uso da tecnologia. A sua expectativa de vida aumentou, assim como suas dívidas e o tempo de força de trabalho que você oferece ao sistema, também aumentaram. O conforto aumentou, mas a qualidade de vida não.
O objectivo da tecnologia hoje é tornar o homem servo daqueles que detêm o poder tecnológico.
-Victor Hugo-Legião identitária
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