"...a juventude espera. Espera não sabe bem o quê, mas algo de diferente do que lhe prometem os doutores do marxismo ou do liberalismo. Espera, tem esperança em qualquer coisa de novo, que rompa com as idolatrias do presente. A juventude não crê no paraíso futuro, no vindouro reino da abundância que lhe oferece o marxismo, considerando tão rasteiro objectivo incapaz de legitimar os inflexíveis meios de terror empregados. E muito menos crê nas blandícias parlamentaristas e pluripartidárias, nas tentativas de castrar tudo quanto é enérgico, rude, impetuoso, trágico em nome de um conformismo sem conteúdo...
Essa juventude de hoje, revoltada e desorientada, que pretende achar na sua agitação e turbulência, senão uma palavra de ordem definitiva e insuperável, uma hierarquia de valores inabalável e inequívoca, numa ânsia incontida de absoluto?"
-António José de Brito
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