sexta-feira, 13 de março de 2020

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"Democracia cristã; Democracia orgânica; Democracia positiva; Democracia social; Democracia temperada; Democracia liberal; Democracia isto; Democracia aquilo, Democracia aqueloutro, são máscaras do mesmo erro, pseudónimos do mesmo mal, disfarces do mesmo cancro: a Democracia.

Mas o governo de todos é um mito, porque é o Absurdo. A sociedade é uma realidade; o governo é outra. Não há sociedade sem governo - proclamou-o Augusto Comte. Pode governar um; podem governar alguns; não podem governar todos. A Democracia que é o governo de todos, é conceito essencialmente metafísico, abstracção pura.
A Democracia nunca se realizou. Sociedade que tentasse realizá-la suicidar-se-ia. Sociedade a governar-se a si própria nunca existiu, porque a mesma noção de sociedade implica organização e hierarquia, e portanto governantes que mandam, governados que obedecem. A Democracia é a negação da organização e da hierarquia: todos mandam, todos governam, todos são soberanos. Nunca se viu; nunca se viu; nunca se poderá ver. O mal da Democracia está, antes de mais nada, no mito que a constitui, na mentira que representa, na mistificação idiota que personifica.
As massas que são crédulas, ingénuas ou estúpidas. Os seus exploradores, os que vivem, enriquecem, engordam, trepam e se fazem à custa são os profiteurs da Democracia, tão repelentes e tão sujos, como aqueles cadastrados que vivem à custa das desgraçadas que pertencem a quem as compra.
Se a Democracia, sociedade em que todos governam, não existe, que é existe com o nome de Democracia? Existe a sociedade em que alguns se governam - mentindo, iludindo, sofismando, arrastando o Povo atrás da sua mentira, levando-o, cego e surdo, atrás de uma ilusão!
As massas não raciocinam: crêem. E quanto mais compactas e mais numerosas são, mais obtusa e irreflectida e infantil é a sua crença. As massas têm instintos, não têm Razão; têm reflexos, não têm discernimento. Porque as seduz à Democracia? Porque as encanta o Comunismo? Precisamente, porque são absurdos.

Mas essas Democracias que por aí passeiam a sua vida, que são afinal? São burlas escandalosas e é a sua qualidade de burlas que devem o poder viver."
-Alfredo Pimenta

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