"No Destacamento de Caboxanque da Guiné, em plena Guerra, e guarnecida por uma Companhia de cavalaria, era comandada por um Oficial ...passo a transcrever:
"...O Destacamento era comandado pelo Capitão Gordalina, Oficial de carreira e do Exército, que tinha a promessa de ser promovido a Major, única forma de ali o segurarem. Este Capitão, “à moda monárquica”, queria um Soldado à porta da sua barraca, para onde, em dias alternados, ia um Soldado Pára-Quedista. Certo dia, este Capitão mandou o Soldado Pára-Quedista engraxar-lhe as botas, o que foi o início de um grande problema. O Soldado virou-lhe as costas e foi para a sua barraca. Os Soldados
Pára-Quedistas solidarizaram-se com o seu camarada enquanto o dito Capitão, senhor da sua condição de Comandante do Destacamento, continuava a exigir as botas engraxadas.
O Capitão Pára-Quedista, na sua solidariedade de Oficial, pediu ao Soldado que fizesse um sacrifício e engraxasse as botas ao Capitão do Exército. Mas nada feito, e em boa verdade, nada havia a fazer. Reuniram-se os graduados da Companhia a quem o Capitão Costa Cordeiro pediu apoio, tendo eu apoiado o Soldado, atitude em que fui seguido pelo Renato Dias. Decidiu a hierarquia das influências e todos os restantes Sargentos seguiram idêntica posição. O Comandante de Companhia pediu então auxílio ao Comandante do Batalhão, o qual, via rádio, disse ao Capitão do Exército, que “os Pára-Quedistas não estão na Guiné para engraxar botas a ninguém” e o assunto ficou assim encerrado. ..."
-P.N.S.A.
"...O Destacamento era comandado pelo Capitão Gordalina, Oficial de carreira e do Exército, que tinha a promessa de ser promovido a Major, única forma de ali o segurarem. Este Capitão, “à moda monárquica”, queria um Soldado à porta da sua barraca, para onde, em dias alternados, ia um Soldado Pára-Quedista. Certo dia, este Capitão mandou o Soldado Pára-Quedista engraxar-lhe as botas, o que foi o início de um grande problema. O Soldado virou-lhe as costas e foi para a sua barraca. Os Soldados
Pára-Quedistas solidarizaram-se com o seu camarada enquanto o dito Capitão, senhor da sua condição de Comandante do Destacamento, continuava a exigir as botas engraxadas.
O Capitão Pára-Quedista, na sua solidariedade de Oficial, pediu ao Soldado que fizesse um sacrifício e engraxasse as botas ao Capitão do Exército. Mas nada feito, e em boa verdade, nada havia a fazer. Reuniram-se os graduados da Companhia a quem o Capitão Costa Cordeiro pediu apoio, tendo eu apoiado o Soldado, atitude em que fui seguido pelo Renato Dias. Decidiu a hierarquia das influências e todos os restantes Sargentos seguiram idêntica posição. O Comandante de Companhia pediu então auxílio ao Comandante do Batalhão, o qual, via rádio, disse ao Capitão do Exército, que “os Pára-Quedistas não estão na Guiné para engraxar botas a ninguém” e o assunto ficou assim encerrado. ..."
-P.N.S.A.
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